'EUA dialogarão com Cuba quando presidente for negro, e papa, latino-americano', teria dito Fidel em 1973
Fala de Castro a jornalistas tinha como
objetivo demonstrar o quão distante estava a possibilidade da retomada
da relação entre os dois países vizinhos
Reprodução/ ONU

Fidel durante discurso na ONU
Fidel durante discurso na ONU
Uma reportagem do jornal argentino Clarín,
publicada nesta quinta-feira (23/07) mostra que o líder cubano Fidel
Castro fez, inadvertidamente, uma previsão certeira em um encontro com
jornalistas ocorrido em 1973.
O jornalista britânico Brian Davis perguntou a Fidel, que retornava de
uma visita feita ao Vietnã, pouco depois de encerrada a guerra deste
país com os Estados Unidos: “Quando o senhor acredita que poderão ser
restabelecidas as relações entre Cuba e Estados Unidos, dois países tão
distantes apesar da proximidade geográfica?”.
Veja galeria de fotos do Fidel nos Estados Unidos em 1969, ano da Revolução:
18 de abril: Jack e Jeff Castro ficaram 3 horas em frente à embaixada de Cuba para ver Fidel.
A resposta de Fidel veio por meio de uma olhar fixo e dada em alto e
bom som, para que todos os jornalistas presentes pudessem ouvi-la. “Os
Estados Unidos virão dialogar conosco quando tiverem um presidente negro
e houver no mundo um Papa latino-americano.”
A fala irônica do presidente de Cuba queria demonstrar que, na verdade,
o reatamento de laços estava muito distante. Afinal, àquela altura era
inimaginável que os EUA viessem a eleger um presidente negro e os
pontífices da igreja católica eram, invariavelmente, italianos com
trajetória apostólica em Roma.
Por conta da resposta inusitada, muitos profissionais da comunicação riram, como conta o jornalista argentino Pedro Jorge Solans. Ele resgatou a história em uma recente viagem feita a Cuba, enquanto fazia uma matéria acerca da reaproximação diplomática entre o país caribenho e os norte-americanos. A reportagem original foi publicada no El Diario de Carlos Paz.
Por conta da resposta inusitada, muitos profissionais da comunicação riram, como conta o jornalista argentino Pedro Jorge Solans. Ele resgatou a história em uma recente viagem feita a Cuba, enquanto fazia uma matéria acerca da reaproximação diplomática entre o país caribenho e os norte-americanos. A reportagem original foi publicada no El Diario de Carlos Paz.
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