segunda-feira, 24 de julho de 2017

A Saúde no Maranhão

Nos últimos dias, tentei travar, sem sucesso, um debate saudável acerca dos números que envolvem os investimentos realizados na área da saúde pública do estado do Maranhão. Primeiramente, porque acredito que o controle social cumpre um importante papel no desenvolvimento de políticas públicas mais acessíveis e eficazes; e, também, porque avalio que os investimentos realizados têm promovido ações importantes e transformadoras na vida dos maranhenses, especialmente na área da saúde.
O que a falta do debate tenta esconder é que em dois anos e meio avançamos muito em várias frentes, garantindo maior acesso ao serviço público e oferecendo procedimentos de grande qualidade. Estamos a provar que o SUS pode dar certo. Entregamos, por exemplo, cinco novos hospitais regionais e ampliamos a quantidade de leitos disponível por todo o estado. Além disso, expandimos os serviços na área de oncologia, especialmente na região tocantina.
Também fortalecemos a assistência para o público materno infantil com a assinatura do Termo de Cooperação Técnica com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) em apoio ao projeto de Estruturação da Atenção à Saúde no Maranhão; a entrega da Casa da Gestante, em Imperatriz; e, ainda, a entrega da primeira UTI materna do estado e a instalação de dois Centros Sentinela de Planejamento reprodutivo, um em Balsas e outro em São Luís na Maternidade Benedito Leite.
Avançamos também com um incremento no investimento de R$ 5 milhões para R$ 9 milhões no Programa do Leite Especial; a implantação da Central Única de Regulação; a ampliação da assistência a pessoas com Transtorno do Espectro do Autista no Centro de Reabilitação no Olho d’Água; a entrega do Centro de Referência em Neurodesenvolvimento, Assistência e Reabilitação de Crianças e da Casa de Apoio Ninar.
O Centro Odontológico de Crianças e Adultos – Sorrir – será uma inovação na assistência em saúde bucal no Maranhão. O serviço chega à população ainda este semestre, bem como a implementação da Central de Abastecimento Farmacêutico e o primeiro Hospital de Traumatologia e Ortopedia (HTO) do estado, que receberá a elevada demanda de traumas ortopédicos da região metropolitana. Também até dezembro entregaremos outras unidades regionais de saúde como o Hospital de Balsas, além de três Centros de Hemodiálise.
Estamos trabalhando para melhor distribuir equipamentos de saúde por todo o estado. Unidades direcionadas para suprir demandas reconhecidas pelas próprias regionais em Santa Luzia do Paruá, Colinas, Turiaçu, Carutapera, Lago da Pedra, Timon e Imperatriz, além do novo Hospital do Servidor também serão entregues à população em breve, e trarão mais eficácia à rede, pelo próprio atendimento direcionado.
Essas foram só algumas das melhorias realizadas em pouco mais de dois anos e meio de gestão. É nessa mudança que resultam os investimentos que têm sido realizados e era sobre esses valores e ações que desejava ampliar o debate. Mas as relações no meio político nem sempre são políticas. Uma resposta imatura à provocação realizada nos remete ao pensamento de Nelson Rodrigues e nos faz perceber que, especialmente no meio político, a muitos falta a maturidade necessária para que possamos fazer de debates – como esse sobre os investimentos – degraus para outros avanços.
O povo maranhense tem pressa, e com razão. Ao longo dos anos, muitos fatores colocaram o Maranhão em um cenário nada favorável. Isso é ainda mais perceptível na área da saúde. Portanto, é, mesmo sob acusações e críticas de quem se esquiva do debate através de um discurso imaturo, que seguimos firmes na proposta de continuar transformando Maranhão em um estado melhor. É para e pelos maranhenses que trabalhamos e é a eles que serviremos e responderemos. Sem mimimi ou blá blá blá.
Carlos Lula
(Parte da postagem do blog do Minard)

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Zoom extra para o Celular

Como Transformar Qualquer Smartphone Em Uma Câmera Profissional de Alta Qualidade!


Hoje a Super Zoom anuncia o lançamento de um super acessório de zoom para o seu smartphone que vai trazer imagens ampliadas e profissionais para as câmeras dos Smartphones de hoje.
Existe um velho ditado, "a melhor câmera é aquela que você tem com você".
A conveniência de ter sempre um smartphone em mãos fez da câmera de um smartphone uma escolha. Mas às vezes os smartphones não conseguem tirar uma boa foto.
Você alguma vez ficou desapontado porque seu smartphone não conseguiu capturar aquele momento do jeito que você esperava? A falta de zoom transformou seus momentos da vida que deveriam ser fotografados em apenas um momento qualquer do dia a dia?
Seja uma bela vista que você não consegue capturar ou até mesmo um momento especial de família, sabemos que os smartphones apesar de modernos têm seus limites.
Você poderia com certeza gastar milhares de reais em uma Canon ou numa Nikon DSLR. Mas pense naquelas fotos que você tirou lá atrás. Qual seria a possibilidade de você ter uma câmera pesada dessa na sua bolsa?
Em 2007, os Smartphones começaram a substituir as câmeras digitais, e desde então, a maioria das câmeras parecem ter atingido um novo patamar de inovação. As câmeras de smartphones são boas. São úteis. Os usuários de smartphones da Apple ou até mesmo Android continuam a receber atualizações e recursos.
No entanto, não houve um avanço. Um avanço que permitisse um fotógrafo amador tirar fotos profissionais e de qualidade. Até hoje.
Com o recém-lançado Super Zoom você será capaz de transformar qualquer smartphone em uma câmera com qualidade profissional.
Com a ampliação de 8x, não há um momento que você vai perder. Se você estiver num evento esportivo ou caso queira tirar fotos profissionais de qualidade de qualquer natureza, não haverá nada longe DEMAIS para você tirar uma foto de qualidade com essa lente.
O acessório de zoom Super Zoom tem menos de 3 centímetros e pesa menos que 70 gramas, por isso é extremamente fácil carrega-la com você. E a tecnologia de clipe universal permite que você usar a lente com qualquer smartphone, então você não terá que comprar um novo!
(continue lendo abaixo para descobrir como você pode tirar proveito de um desconto de 75% para adquirir a Super Zoom por um tempo limitado) 

 

Carlos Mendonça, chefe de tecnologia, diz: "Nossos objetivos de design foram especificamente definidos para fazer desta lente a melhor do mundo. Combinamos a ótica de maior qualidade com materiais robustos que farão com que a Super Zoom resista a uma variedade de ambientes. As pessoas já não têm que comprar uma câmera cara. Elas já têm um smartphone caro que carregam com elas o tempo todo, então nossa ideia era dar aos consumidores uma pequena lente de zoom que irá fornecer o foco mais nítido possível e produzir imagens de qualidade sem colocar um grande furo em seu orçamento.
- Carlos Mendonça
Com o Super Zoom, você experienciará uma ampliação de 8x que lhe permitirá tirar fotos e gravar vídeos de objetos que estiverem distantes. Se você estiver em um evento esportivo ou apenas fora da cidade ou país, não haverá coisas longe demais que esta lente não possa capturar.
Mas se você não quiser usar a lente para tirar uma foto por algum motivo, então você pode removê-la e usá-la como um monoculartambém!

Então o que tudo isso significa para você?

Isso significa que você será capaz de tirar fotos de alta qualidadeonde quer que você vá. E se você tem costume em publicar suas fotos em mídias sociais, prepare-se para obter ainda mais curtidas, comentários e seguidores em todas as suas plataformas. Uma vez que seus amigos ver as imagens de alta qualidade que você pode tirar com o seu smartphone, elas vão ficar impressionadas e irão compartilhar suas fotos com seus amigos para fazer de você uma celebridade!
Ela foi projetado para garantir que você nunca perca um momento, se você quiser tirar uma selfie impecável, uma foto de longa distânciaou até mesmo um panorama de um belo horizonte. O zoom ajustável para tirar fotos ou gravar vídeos garante que você possa capturar exatamente o que você quer no momento exato que você deseja.

Veja Objetos Distantes Como Se Eles Estivessem Pertos!

Super Zoom é uma lente durável, mas você ainda precisa tomar cuidados extras com a mesma. É por isso que incluímos tampas de lente de borracha para a frente e para trás, bem como um pano de limpeza de microfibra para limpar delicadamente a sua lente sem riscar.
Você nunca terá que se preocupar em pagar uma fortuna em uma câmera grande e volumosa novamente. Em vez disso, gaste o seu dinheiro sabiamente na nova lente Super Zoom e desfrute da mesma qualidade de fotos a um preço mais barato e com menos aborrecimentos!
Esta lente de zoom está sendo vendida com 75% de desconto do seu preço normal! Portanto, certifique-se de pressa e pegue a sua agora com desconto antes de esgotar as reservas.

Antes

Depois

Moro e os Estados Unidos da America do Norte



quinta-feira, 20 de julho de 2017


EUA assumem controle de 83% da importação brasileira de óleo diesel





Em agosto de 2015, o juiz Sergio Moro estava em plena campanha em favor do golpe. Dava palestras onde quer que lhe chamassem e suas decisões seguiam uma agenda estritamente conectada às forças de oposição que conspiravam para derrubar o governo Dilma.
No dia 31 daquele mês, Moro proferiu uma palestra com o tema “Corrupção sistêmica: as lições da operação Mãos Limpas”, num evento organizado pela editora Abril, em São Paulo.
O juiz responsável pela operação Lava Jato, então no auge de sua popularidade, explicava aos executivos que se dispuseram a pagar R$ 1.800 por um ingresso, o que, na sua opinião, eram investimentos não baseados em razões de “ordem econômica e racional”.
Como exemplo, ele cita a refinaria Abreu e Lima, lembrando que o custo inicial da obra, estimado em 2 bilhões de dólares, passara para 18 bilhões de dólares.
Moro conta que alguns “colaboradores” capturados pela Lava Jato lhe disseram que a obra jamais se pagaria.
Trajando seu tradicional terno preto, com uma expressão aflita no rosto, o juiz de Curitiba conclui que tudo isso “leva a uma natural suspeição: será que o fator de recebimento de propina não foi o agente motivador dessas decisões de investimento mal sucedidas?”
Neste mesmo evento, ele admitiu que a operação Lava Jato poderia causar transtornos a economia. Mas ele acreditava que, no longo prazo, o enfrentamento da corrupção sistêmica traria ganhos “às empresas” e “a economia”. Ele faz uma pausa e completa: “e a todos, de uma forma geral”.



Qualquer pessoa que estude um pouco o universo de refinarias, sabe que o escândalo em torno do custo da Abreu e Lima fez parte do processo de manipulação da opinião pública. O custo passou de 2 bilhões para 18 bilhões porque o projeto mudou completamente. Para começar, o custo inicial foi estimado em 2005, antes do descobrimento do pré-sal. O custo posterior refere-se a um projeto completamente diferente, após a descoberta pré-sal. Ninguém contou isso a Sergio Moro?
Se você fizer uma pesquisa na internet sobre o custo de se construir uma refinaria, verá que ele, naturalmente, é calculado de acordo com a sua capacidade de produção.
Uma reportagem publicada apenas uma semana depois da palestra de Moro, num jornal do Canadá, comentava que uma refinaria em Alberta, com capacidade para processar 50 mil barris por dia, teria um custo de construção de 8,5 bilhões de dólares.
A Abreu Lima deverá (ou deveria, antes do golpe) ter capacidade de processar, quando todas suas unidades estiverem em pleno funcionamento, 230 mil barris por dia. Ou seja, mais de quatro vezes mais do que a refinaria canadense. Logo, deveria custar mais de US$ 24 bilhões.
Outra reportagem, publicada num jornal indiano, em julho do ano passado, fala que uma refinaria a ser construída na costa oeste do país, deverá custar mais de US$ 30 bilhões. Ela terá capacidade, segundo os planos das estatais responsáveis pelo projeto, de processar mais de 600 mil barris por dia. O custo é apenas uma estimativa, porque o governo ainda nem adquiriu as terras onde a refinaria será construída. O projeto é que a refinaria fique pronta em 5 ou seis anos a partir da aquisição das terras. Torçamos para que a obra não atrase, não custe muito mais do que o orçamento inicial, mas, sobretudo, que não apareça nenhum juiz indiano doido, megalomaníaco, que pretenda acabar com a corrupção na Índia através da destruição de sua indústria de petróleo.
O excelentíssimo Sergio Moro deveria se informar melhor. A Abreu e Lima, assim como qualquer outra refinaria que viesse a ser construída no Brasil, não devem ser vistas apenas em função de seu custo de construção.
O Brasil, ainda hoje, é altamente deficitário em óleo diesel, gasolina e derivados. Essa é uma das consequências do golpe de 1964. Moro não deve conhecer história. Se tivesse tido a curiosidade de ler alguns livros, saberia que o golpe de 64 foi patrocinado pelos americanos com o objetivo de assumir o controle sobre algumas orientações básicas da nossa política econômica. Era necessário, por exemplo, que a nossa estrutura de transporte fosse inteiramente baseada em rodovias. Como não tínhamos petróleo, muito menos refinarias importantes, teríamos que importar grandes quantidades de óleo diesel dos principais países exportadores, em especial os Estados Unidos.
Outra coisa que o senhor Moro parece não entender: o preço do diesel, principal combustível de nossa frota de caminhões, é um componente determinante na composição dos preços de produtos alimentícios vendidos no mercado interno brasileiro. Ter refinarias significaria ampliar o controle nacional sobre o preço dos nossos próprios alimentos, o que nos ajudaria a enfrentar a inflação e a planejar melhor a nossa economia.
Não é com juros altos que se combate a inflação, e sim com preços estáveis da energia e melhora da infra-estrutura logística do país.
O plano de termos um conjunto de refinarias, condizentes com o nosso tamanho, é um sonho vinculado ao projeto de país soberano, com indústrias fortes. Mas talvez isso seja informação demais para um juiz provinciano.
Sergio Moro também não conhece os números da balança comercial brasileira. Como só lê Veja e Globo, ficou achando que a Abreu e Lima era desperdício de dinheiro público, e que a decisão de construí-la nasceu apenas em função da propina a ser dada ao Paulo Roberto Costa…
Neste post, vamos tentar oferecer, gratuitamente, ao juiz Sergio Moro, algumas informações importantes sobre seu país, e de quebra revelar alguns fatos intrigantes que aconteceram desde o impeachment.
O Brasil importou, no acumulado dos últimos seis anos, o equivalente a 37 bilhões de dólares em óleo diesel. Ou seja, só com o que gastamos na importação de óleo diesel durante metade da era Lula/Dilma, poderíamos construir mais de duas refinarias Abreu e Lima.
Desde muito tempo, o óleo diesel figura em primeiro lugar no ranking das nossas importações. É o produto, em suma, que mais importamos. E isso a despeito de termos nos tornado, nos últimos anos, autossuficientes em petróleo.
Todos os números usados neste post são de fontes oficiais, devidamente indicadas nos gráficos e tabelas.




Na tabela acima, observe que o Brasil gastou, nos últimos 12 meses, US$ 4 bilhões com a importação de óleo diesel, um aumento de 71% sobre o ano anterior.
Enquanto isso, por conta da decisão da Petrobrás de paralisar suas refinarias, tanto aquelas já em funcionamento quanto a construção de novas unidades, a nossa produção nacional de derivados caiu violentamente este ano, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), atualizados até maio deste ano. O acumulado de janeiro a maio de 2017 é um dos menores da série histórica.



O país que mais se beneficiou desta queda na produção nacional de derivados foram os Estados Unidos, cujas exportações de óleo diesel para o Brasil cresceram 177% sobre o ano anterior.
O fato curioso é que os EUA não apenas aumentaram brutalmente a exportação de diesel para o Brasil. Eles assumiram o controle de nossa importação. E há muito tempo isso não acontecia. Em 2013, os EUA ficaram com 33% das importações brasileiras de óleo diesel. Nos anos seguintes, a participação americana oscilou entre 40% e 50%.
Nos últimos 12 meses terminados em junho, porém, os EUA assumiram hegemonia absoluta da importação brasileira de óleo diesel, com mais de 83% do mercado!
E quem controla o diesel, controla o transporte de mercadorias no Brasil.
Agora entendo porque os americanos dão tantos prêmios para Sergio Moro.
A Índia, grande exportadora mundial de óleo diesel, foi varrida do mercado brasileiro. Nos 12 meses até junho de 2016, o Brasil havia importado quase 700 milhões de dólares de diesel indiano, o que correspondia a 30% do total das importações brasileiras. Nos seis primeiros meses de 2017, o Brasil ainda não importou um mísero barril da Índia.
Curioso, entrei no departamento de estatísticas de comércio exterior do governo indiano, e descobri que não houve nenhum problema com as exportações do diesel daquele país. Ao contrário, as exportações de óleo diesel da India em 2016/17 totalizaram mais de 12 bilhões de dólares, um crescimento de 5% sobre o ano anterior. Quase todos os países que costumam importar diesel da Índia aumentaram suas compras, menos Brasil e… Arábia Saudita.
A Suíça também aumentou muito suas exportações de diesel para o Brasil. Mesmo aumentando, sua participação ficou em apenas 5%.
A gente tem uma ideia sofisticada dos EUA, mas o principal produto que ele exporta para o Brasil é óleo diesel! Com isso, o Tio Sam voltou a ocupar o primeiro lugar no ranking das nossas importações, ultrapassando a China. Alemanha, França, Coréia do Sul, Itália, Reino Unido, todos esses países perderam participação no mercado brasileiro.
Os EUA, ao contrário, cresceram.
Numa edição anterior do Cafezinho Econômico, eu mostrei como os EUA assumiram uma hegemonia fortíssima nos números de investimento direto no Brasil, o que mostra que são eles que estão aumentando participação acionária em nossas empresas, ampliando o controle de nossa economia.
Diante desses números, volto a acreditar que a compra da refinaria de Pasadena havia sido um negócio de cunho estratégico. Pena que nem Dilma ou Graça Foster fizeram esforço para convencer a opinião pública.
Se um historiador quiser entender quem ganhou com o golpe de 2016 no Brasil, a leitura desse Cafezinho Econômico talvez lhe ajude um pouco.







FONTE: O Cafezinho

quarta-feira, 12 de julho de 2017

CASSADO PREFEITO DE MIRANDA DO NORTE - MA.

CASSADOS DIPLOMAS DO PREFEITO E VICE DE MIRANDA  DO NORTE - MA.

Nesta quarta, 12 de julho, a juíza Mirella Cezar Freitas, titular da 16ª zona eleitoral, cassou os diplomas de Carlos Eduardo Fonseca Belfort e Joubert Sérgio Marques de Assis, eleitos em 2016 para exercerem os cargos de prefeito e vice-prefeito de Miranda do Norte, aplicando-lhes ainda multa de 40 mil UFIRs, declará-los inelegíveis por 8 anos e decidir por novas eleições na cidade, devendo o presidente da Câmara de Vereadores assumir até a diplomação dos novos eleitos.
A representação que ensejou a cassação foi proposta pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), após ser provocado pela Coligação Miranda de Todos Nós, que acusou ambos de abuso de poder econômico consistente em compra de votos por distribuição de materiais de construção.
Para fundamentar a representação, o MPE ouviu eleitores que corroboraram os fatos informados pela Coligação Miranda de Todos Nós, apresentando ainda, como elemento de convicção, fotografias da entrega de material de construção a eleitores, mídia contendo filmagem em audiovisual, boletim de ocorrência policial e denúncias feitas por outros eleitores mirandenses sobre a prática através do aplicativo Pardal.
A defesa de Carlos Eduardo Fonseca Belfort e Joubert Sérgio Marques de Assis alegou imprestabilidade das provas colhidas internamente pelo MPE por ausência de contraditório; inidoneidade das testemunhas, não detalhamento dos fatos, provas inadequadas; inexistência da conduta e/ou participação ou anuência dos representados; e inexistência de prova robusta dos fatos alegados.
Sobre as alegações da defesa, a magistrada destacou: “os eleitores foram ouvidos apenas para coleta de informações para verificação de justa causa para ajuizamento da representação, não servindo de lastro para apreciação do mérito. No que diz respeito às demais provas colhidas pelo MPE, como fotografias e registro audiovisual, tais elementos de convicção foram submetidos ao contraditório”.
Em continuidade, salientou: “ainda que os depoimentos das testemunhas tenham que ser considerados com temperamentos, notadamente porque, em cidades pequenas, quase todo cidadão tem uma inclinação política quando não se apresenta como efetivo militante em favor de uma das candidaturas, é possível filtrá-los, retirando-lhes o que for verdadeiro e o que se ligam com as provas documentais, os fatos públicos e notórios, os indícios e as presunções - alvos da livre apreciação do julgador, nos termos do art. 23 da LC 64/90, posto que o magistrado é um ser social sensível e não um alienígena apartado das coisas que acontecem ao seu redor”.
Para a Justiça Eleitoral da 16ª zona, restou caracterizado que Carlos Eduardo Fonseca Belfort visitava eleitores, prometendo vantagens em troca de votos. Quando não era o próprio candidato que ofertava a benesse, era o prefeito anterior, Júnior Lourenço, que o acompanhava nas visitas e encabeçava a campanha eleitoral. Além disso, há indícios de que houve distribuição generalizada de materiais de construção, sem que, na entrega, fosse tomado recibo ou qualquer outra espécie de controle. A filmagem e as fotografias que instruem o processo, ademais, corroboram as afirmações colhidas das provas orais produzidas.