quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Tavares acusa a PM de boicote ao governo Flávio Dino

Tavares acusa a PM de boicote ao governo Flávio Dino; Zanoni rebate

Marcelo Tavares acusou PMs de boicote ao governo Flávio Dino
O deputado estadual e futuro secretário-chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares (PSB), utilizou ontem a tribuna da Assembleia Legislativa para acusar a cúpula de da Polícia Militar de uma tentativa de boicote ao governador eleito Flávio Dino (PCdoB).
A justificativa de Marcelo é de que um curso de aperfeiçoamento da PM, marcado para 2015 e que será realizado em outro estado, é um ato de insubordinação ao governo comunista, que segundo ele, precisava ter sido consultado, apesar de ainda não ter assumido o Poder. Contundente, Marcelo Tavares afirmou que Dino não aceitará qualquer ato dentro da corporação que fuja de seu controle, e alertou oficiais e praças da Polícia Militar, para o fato de que a partir de 1º de janeiro de 2015, o Governo será outro. O comandante geral da PM, coronel Zanoni Porto, rebateu as acusações do socialista.
O discurso de Marcelo Tavares contra policiais militares tomou como base um edital publicado hoje pela corporação, que dá direito a 12 coronéis, 18 tenentes-coronéis ou majores, 10 oficiais e seis oficiais e praças e outros membros da corporação, tenham o direito a matrícula num curso de aperfeiçoamento de 2 anos que será realizado na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. O curso não é em sua totalidade presencial.
Para ele, oficiais e praças querem na verdade fugir do exercício do trabalho e conseqüentemente boicotar o governo Flávio Dino. “Um exemplo da falta de compromisso com a coisa pública é o que está acontecendo na Polícia Militar, que não quer se curvar a força da urna que escolheu o novo governador”, disse.
Coronel Zanoni rebateu acusações de Tavares
“Não somos contra curso de aprimoramento em lugar nenhum do serviço público, desde que respeitado os limites do bom senso. A polícia quer mandar coronéis pelos próximos 24 meses para as belas praias de Natal. […] Ou seja, esses coronéis querem boicotar o próximo Governo. Querem mostrar insubordinação ao governador eleito Flávio Dino”, completou.
Rebateu – O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Zanoni Porto, rebateu as acusações do deputado Marcelo Tavares (PSB), de que a cúpula da corporação tenta boicotar o governador eleito Flávio Dino (PCdoB).
Zanoni afirmou que cursos de aperfeiçoamento são disponibilizados a policiais como forma de aprimoramento do serviço público e assegurou que não há qualquer tipo de viés político, no fato de a PM ter disponibilizado vagas para oficiais e praças.
“Essa é uma denúncia sem fundamento. A Policia Militar é uma instituição permanente e não pode parar por conta de mudanças de governo. A polícia trabalha para melhorar a sua atuação e isso em momento algum significa boicote a qualquer que seja o governador”, disse.
Zanoni Porto afirmou que em 2014, 67 oficiais e praças se submeteram ao curso de aperfeiçoamento e disse que a expectativa é de que pelo menos 20 policiais passem pela nova formação. “Há quatro anos, eu mesmo passei por um curso de aperfeiçoamento no Rio Grande do Sul. Para 2015 queríamos que outros 67 oficias e praças fossem para o curso, mas acredito que apenas 20 devem ir”, disse.
Ele lembrou que todo o ano é oferecido este tipo de curso para a Polícia Militar do Maranhão e rechaçou as insinuações de Tavares. “Vejo com muita estranheza esse posicionamento do deputado. A Polícia Militar sempre trabalhou com aprimoramento de suas ações. Não podemos querer politizar a polícia”, finalizou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário