sexta-feira, 22 de maio de 2015

Política monetária no Brasil está surtindo efeito

Lagarde vê sinais de que política monetária no Brasil está surtindo efeito

Diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, após encontro com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planato, em Brasília.   21/05/2015   REUTERS/Ueslei Marcelino
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse nesta sexta-feira que há sinais de que política monetária do Brasil esteja surtindo efeito, em meio ao ciclo de aperto dos juros promovido pelo Banco Central para combater a inflação, também destacando a importância de reformas estruturais e tributárias para o país crescer.
Em discurso preparado para apresentação no seminário de metas de inflação do BC, no Rio de Janeiro, Lagarde pontuou que o país está "claramente no caminho certo", acrescentando que ainda que a inflação vá permanecer elevada em 2015 em função dos reajustes dos preços relativos, a expectativa é que volte a ficar abaixo do teto da meta de 4,5 por cento em 2016, continuando então a convergir para o centro da meta.
Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC elevou a Selic em meio ponto percentual, a 13,25 por cento ao ano, dando sequência ao aperto iniciado em outubro para arrefecer a alta de preços, que segue persistente apesar da fraqueza da economia.
Em seu discurso, Lagarde reconheceu que, em um contexto de desaceleração econômica, a elevação dos juros se torna alvo de críticas.
"Nossa análise, porém, indica que uma nova dose de estímulo poderia ameaçar a credibilidade arduamente conquistada dos esforços de política do passado. Tal credibilidade é particularmente importante para restaurar e sustentar as perspectivas de um crescimento forte, equilibrado e inclusivo", afirmou.
REFORMAS
Lagarde também chamou a atenção para a importância de reformas estruturais neste momento. Sobre as lacunas de infraestrutura no país, ela disse que o programa de concessões "é um passo importante e oportuno na direção certa", acrescentando ser crítico que o setor privado seja chamado a assumir um papel de destaque.
Na frente de medidas tributárias, a diretora-gerente do FMI apontou que a simplificação do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nos Estados e dos impostos federais sobre vendas pode "promover melhorias significativas no ambiente de negócios". 

Nenhum comentário:

Postar um comentário