quinta-feira, 11 de junho de 2015

PPS diz não a coincidência nas eleições

Bancada do PPS ajuda a derrubar proposta que estabelecia a coincidência de eleições







Foto: Robson Gonçalves
Bancada do PPS ajuda a derrubar proposta que estabelecia a coincidência de eleições
Roberto Freire encaminhou o voto da bancada do PPS
A bancada do PPS ajudou a derrubar, na noite desta quarta-feira, a proposta de coincidência de eleições, o que levaria para a mesma data a escolha de vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais, senadores, governadores e presidente da República. Na avaliação dos parlamentares do partido, a medida enfraquecia o debate democrático e restringia o exercício da cidadania na medida em que reuniria na mesma época discussões de assuntos nacionais e locais. Foram 225 votos contra a proposta, 220 a favor e 3 abstenções.

Ao encaminhar o voto do PPS, o presidente do partido, deputado federal Roberto Freire (SP), lembrou que a coincidência das eleições foi uma invenção da ditadura. “Isso é um golpe contra a democracia. Já foi experimentado na ditadura e temos experiência de que isso significa você deixar de debater as grandes questões nacionais e pautar a eleição na escolha daquilo que é legítimo, mas evidentemente é de um nível e de uma órbita diferente, que é a discussão do poder local”, disse o deputado. 

Freire frisou ainda que não há país democrático no mundo que realize juntas as eleições municipais e nacionais. “Isso não existe em nenhum lugar do mundo e queremos inventar aqui. E pior, num argumento de quem se diz democrata e é contra o momento culminante da democracia que são as eleições. Nós aqui estamos discutindo que muitas eleições não é bom. É algo ruim, ou seja, bom é a ditadura, onde não tem eleição”, provocou o deputado. 

O presidente do PPS disse ainda que se há a discussão de que eleição é um gasto excessivo, era preciso limitar. “E tivemos a oportunidade (durante a discussão do financiamento público) e não limitamos. A democracia exige participação da cidadania e o clímax dessa participação é na eleição. Nós estamos aqui querendo cercear em cinco anos (o direto ao voto), porque já votamos esse outro absurdo (o aumento de mandatos). O PPS vota contra”, finalizou Freire.

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