quarta-feira, 17 de junho de 2015

Parlamento esta forte

Roberto Freire diz que independência do Parlamento fortalece a democracia







Foto: Fábio Matos
Na Trianon, Freire diz que independência do Parlamento fortalece a democracia


Em entrevista ao programa 'Gente Que Fala', o presidente do PPS defendeu o parlamentarismo no Brasil e admitiu a dificuldade do Congresso de chegar a um consenso sobre a reforma política

Para o deputado federal Roberto Freire (SP), presidente nacional do PPS, a postura independente do Poder Legislativo diante do governo de Dilma Rousseff (PT) fortalece a democracia brasileira e representa uma mudança significativa em relação ao que se via nos últimos anos.

“Há uma clara afirmação do Poder Legislativo nesses últimos tempos. Nos tempos de Lula, a Câmara era quase uma mera correia de transmissão, totalmente subalterna ao governo. Felizmente, isso está mudando”, apontou o parlamentar.

O presidente do PPS também foi questionado sobre a reforma política debatida no Congresso Nacional e que já começou a ser votada pela Câmara dos Deputados. “Se perguntarmos nesta mesa, todos somos a favor de uma reforma política. Mas qual? Construir esse consenso é muito difícil no Parlamento”, reconheceu Freire.

“Um consenso que se construiu até com muita facilidade foi pelo fim da reeleição. No restante, você teve uma Câmara dividida”, prosseguiu o deputado. “Há muito tempo, eu defendo que o país deveria fazer uma reforma política por excelência, que seria a instituição do parlamentarismo.” 

Outro assunto debatido durante o programa foi a difícil situação econômica do país e as dificuldades que os beneficiários dos programas de transferência de renda do governo federal vêm enfrentando.

“Quando você realmente tira as pessoas da pobreza, esses programas de características mais assistencialistas deveriam diminuir, e não se ampliar”, afirmou Freire. “Um bom sinal para o país seria que o número de beneficiados pelo Bolsa Família diminuísse, e não aumentasse. Não é o que vemos.” 

Na avaliação do deputado, a crise é grave e a tendência é de que piore no curto prazo. “O Brasil vem tendo um desempenho medíocre na economia. E não há milagre que faça você melhorar de vida com uma economia que não cresce”, lembrou. 

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